domingo, 26 de novembro de 2023

História da EEB José Boiteux

 Até a criação do grupo escolar José Boiteux, em 1934, o Estreito dispunha apenas da escola Dona Maria, que não dava conta para atender à população em idade escolar do bairro. Fora esta, as opções ficavam em São José ou no Centro de Florianópolis, ambas onerosas e difíceis para o acesso, pois não havendo transporte regular que atendesse às duas cidades, os deslocamentos tinham que ser feitos quase sempre a pé e quem não dispunha de recursos, logo desistia.




Assim, a Escola de Educação Básica José Boiteux foi criada pelo decreto n.º. 549 de 15/03/1934 e inaugurada em 15/02/1935 na gestão do Governo Nereu Ramos com a denominação de Grupo Escolar José Boiteux. 


O grupo iniciou seus trabalhos com cerca de 142 alunos de 1ª a 4ª séries e teve como primeiro diretor Pedro Paulo Philippi. Ocupa uma área de 6.240 m2, numa região que facilita o acesso de pessoas de diversas comunidades.
Para suprir a carência de professores destinados ao ensino primário, em 1947 foi criado o Curso Normal Regional Haroldo Callado, funcionando anexo ao Grupo, curso que pelo decreto n.º 945, de 22 de novembro de 1963, foi transformado em Ginásio Normal Haroldo Callado.

Fonte: 

Lei de Elpídio Barbosa que considera a escola técnica como entidade de utilidade pública (Vide páginas 48 e 84). (Fonte: UDESC).

A implantação do plano estadual de educação fez com que em 1971, o Grupo Escolar José Boiteux e Ginásio Normal Haroldo Callado fossem transformados em Escola Básica José Boiteux, para atender alunos de 1ª à 8ª séries do 1° grau. Nos turnos matutino, vespertino e noturno. Sendo regulamentados pelo decreto n.º 8.828 de 31/12/1969 que passou a denominar Escola Básica José Boiteux.
Também funcionaram, nas dependências do grupo, a Escola Noturna de Alfabetização, sob a regência da professora Maria de Lurdes Albino e a Escola Técnica de Comércio Sena Pereira. Esta foi criada em 1952 e ali permaneceu até o início de 1989.
E, finalmente em 1999 foi autorizado o funcionamento Pré-Escolar pela Portaria E/017 SED de 28/03/2000 passou a Escola de Educação Básica José Boiteux.
Atualmente a escola tem matriculados aproximadamente 700 alunos no Ensino Fundamental. Localiza-se em um bairro privilegiado geograficamente, sua clientela é oriunda de diversas comunidades e também de municípios vizinhos.
Em 1969 foi fundada a Associação de Pais e Professores, que tem servido de elo de aproximação entre a escola e a comunidade. O Centro Cívico Rui Barbosa foi instalado a 13 de maio de 1972, com o objetivo de promover eventos culturais, sociais e cívicos, mas atualmente está desativado. A biblioteca Cremilde Eloásia de Oliveira foi criada pelos alunos, cujo acervo foi formado, parte por doações e parte adquirida pelos próprios interessados. Hoje dispõe de um acervo com cerca de 3.000 livros.

Parabéns EEB José Boiteux por seus 75 anos e, parabéns também a todos os profissionais e alunos que participaram e participam desta história de sucesso.

fonte do Texto: Livro "Estreito" de Iaponan Soares




terça-feira, 21 de novembro de 2023

Consciência Negra - uma construção diária.

 Dia 20 de novembro, se comemorou o dia da Consciência Negra na EEB José Boiteux

Fizeram parte do trabalho toda a comunidade escolar: Os alunos/as alunas, elaboraram seus trabalhos com as professoras e professores, Direção e Orientação, estiveram a frente de toda organização. 

Na verdade, as apresentações do dia 20 encerraram o trabalho desenvolvido ao longo do ano, pois Lei nº 10.639, de 2003inclui  a história e a cultura afro-brasileira e indígena na Educação Básica. Portanto, com a implementação do Currículo Base do Território Catarinense, nossa escola implementou também em seu currículo a temática da História e a cultura afro-brasileira e  dos povos indígenas.

Em Santa Catarina temos 21 comunidades quilombolas, quatro delas na grande Florianópolis, além de três etnias indígenas (xokleng, guaranis e kaingang). Observando a realidade escolar e a comunidade em que estamos inseridos é fundamental que se trabalhe um currículo, plural, dinâmico e menos preconceituoso. Promover o letramento racial

Conjunto de práticas pedagógicas que têm por objetivo conscientizar o indivíduo da estrutura e do funcionamento do racismo na sociedade e torná-lo apto a reconhecer, criticar e combater atitudes racistas em seu cotidiano. (Fonte: ABL).

Para promover o letramento racial é preciso reconhecer a branquitude (temos uma construção identitária branca); perceber também que o racismo não está no passado e é aprendido e perpetuado entre os pares através de um vocabulário racista e de códigos que demonstram o racismo (Fonte: Porto Social), sendo a escola um espaço em que a interação ocorre, inclusive os conflitos.

Temos, portanto, como objetivo diminuir ainda mais o racismo no ambiente escolar através de rodas de conversa, reflexões individuais ou coletivas sobre o uso de códigos ou ter condutas racistas, para isso, os professores desenvolvem vários trabalhos ao longo do ano letivo com o intuito de promover o acesso ao conhecimento. Portanto, "é preciso compreender que o racismo é construído e mantido, politica e ideologicamente, para evitar o racismo é essencial conhecer história dos diferentes povos que estão na origem de nossa sociedade e de nossas identidades" (Fonte: Geledes).

Portanto, a Semana da Consciência Negra apresenta à comunidade escolar o trabalho desenvolvidos pelos estudantes, juntamente com os professores ao longo do ano. No entanto, a luta para acabar com o preconceito não se encerra, é preciso que aconteça todos os dias.

Apresentamos a seguir as atividades desenvolvidas: 


A exposição dos trabalhos de algumas turmas foram organizados na sala de Informática.
a imagem a seguir apresenta as máscaras africanas e sua simbologia.


Os estudantes pesquisaram sobre a história da África


Apresentaram sobre a cultura dos povos africanos.




Apresentaram a história das religiões de matriz africana


Máscaras africanas



A importância do cabelo

"Antes de serem traficados e enviados para as Américas, muitos africanos carregavam na cabeça um símbolo que ia além da estética: o cabelo.

A forma, o corte e os adereços podiam representar origens, etnias, religiões, status social." (Fonte: BBC)



Trabalhos buscando conscientizar sobre a importância de acabar com o preconceito.


A importância do Vasco, como o primeiro time de futebol (que em 1923) a lutar pela inclusão de pobres e negros no futebol. (Saiba mais: Vasco).


Representatividade negra: Personalidades na música, ciências, arte, política etc.



Máscaras africanas



A representatividade na literatura